quarta-feira, 8 de junho de 2011

PARÁ, CARAJÁS E TAPAJÓS



Ola a Todos!
O debate é bom e com isso podemos todos conhecer mais e decidir sobre o futuro de nossas regiões.

O Estado do Pará é continental, se fosse um País seria o 24o do mundo em território, imenso que por si só mostra que o interesse público não tem condições de chegar com eficiência a todos cantos do estado.

Comparativamente, o Pará atual é maior que 3 Alemanha (que tem 16 estados), cabem dentro 30 Suiças (26 Cantões que equivalem a estados), maior que 13 Portugal (18 distritos equivalente a estados), do tamanho do Uruguay (19 departamentos equivalentes a estados).

Comparando no Brasil o Pará tem bem mais área que o Sudeste do Brasil (4 estados), só o Tapajós ainda ficará maior que a região Sul do Brasil (3 estados), cabem dentro 13 estados de Santa Catarina, 2 Minas gerais (que é grande e também poderia ser dividido), pode-se colocar o território do RJ dentro do estado do Pará 25 vezes e ainda sobra espaço pra alocar 3 estados do Espírito Santo.

Tamanho não quer dizer necessariamente Progresso, Hitler com seu "anschluss" (espaço vital) conseguiu terror em vez de potência econômica que é a pequena Alemanha em território hoje. Taiwan, Coréia do Sul, Japão, França, Noruega, Dinamarca, são países pequenos em tamanho. Singapura é menor que muitos imóveis ao redor de Belém, portanto podemos considerar que regiões menores são melhores administradas.

O maior patrimônio de um estado é seu povo, sua cultura, costumes e sua tradição, assim como os Gaúchos tem seu chimarrão, Minas tem seus queijos e os Paraenses tem seu tucupi. Tradições e cultura que mudam com o tempo, somam com novas culturas e saem novos costumes, daí posso dizer que no Tapajós pouco se come de maniçoba, que o Sairé é mais parecido com o festival de Parintins, AM que com o círio de Belém. Não creio que se use tanto a tradição legitima Paraense no Carajás. essa diferença Cultural não é ruim, é boa para todos, cada um mantém seus laços com maior ou menor afinidade.

O Pará é em estado rico em recursos mas de economia pobre, tem o 4 maior índice de miséria do Brasil, com 18,9% das pessoas abaixo da linha da pobreza, comparando com o primeiro colocado do país, Santa Catarina que tem 1,16% e quase a mesma população podemos ver que falta muito, muito mesmo para dar a todo o povo o mínimo necessário para ter melhor qualidade de vida.

A grande Mãe Pará não conseguirá nunca integrar o estado prova disso é que simples rodovias nem bastam para integrar o estado todo porque é muito grande, logo não da pra culpar só os governos porque por mais que queiram não conseguirão resolver o problema de estrutura logística em todos os cantos do grande estado.

Um cidadão que vive em Faro, Terra Santa, Juruti, Óbidos e mais uns 15 municípios do oeste prefere tratar sua Saúde ou buscar um emprego em Manaus, muito mais perto que Belém, embora sofra até discriminação por ser "Paraense" (ver caso Amazonino) que em Santarém, que por ser uma futura capital e bem mais perto deveria oferecer melhores condições se não tivesse sido esquecida por TODOS os seus governantes.

Também pessoas do Sudoeste vão a Mato Grosso e não no Pará, pior mesmo é quem esta la no canto do estado, a 2 mil km que morre ou vive miserável por nem ter onde ou como ir, caso de Jacaréacanga.

Pode-se argumentar em favor de um "novo' Pará unido, um projeto de melhoria pro estado todo como uns românticos ou "desavisados" querem, mas isso é utopia, em 300 anos não se conseguiu isso e em mais 300 não se vai conseguir, portanto conclui-se que riqueza dividida para todos os atuais Paraenses não vai haver nunca com um estado dessa dimensão.

Tucuruí fez-se na década de 70, mas a energia elétrica pro oeste do estado somente veio em 2000, (25 anos depois), das 6 maiores obras em concreto do oeste do estado, (Hidrelétrica de Curuá-una, rodovia BR 163, Aeroporto Santarem, Estádio Barbalhão, Hotel Barrudada e Hospital Regional) 5 foram feita pelos militares que quase conseguiram integrar realmente o País. A sexta obra foi feito recente, mas o descaso de Belém foi tanto que a obra ficou 2 anos pronta e parada sem um atendimento médico sequer.

O interesse na rodovia BR 163 tem sido intenso por parte dos políticos do MT e até do MS e NULO pelos políticos do Pará, qualquer reunião seja no Pará ou no Mato Grosso, la estão eles em peso (do Mato Grosso) e NENHUM representando o pará, nunca, é desinteresse ou má vontade mesmo.

Políticos contrario a divisão vem falar grosso em nome de uma unidade que se sabe de antemão que só atrasa os três possíveis estados, na verdade estes sim não representam nada do interior onde apenas vem pegar voto
e estes políticos como se vê não são honestos é só olhar os escândalos em que se metem como o atual caso da ALEPA.

Populares da grande Belém contrario a divisão podem estar talvez sendo usados por grupos com interesse maior, caso de políticos, imprensa e por associações (caso da Associação comercial de Belém) que tem medo de caminhar com suas próprias pernas.

A Verdade é que NUNCA vai haver distribuição igual da riqueza no estado, porque os problemas sociais da grande Belém sugam todo o potencial de distribuir por um estado imenso os recursos de maneira igualitária.

Na Verdade nós do Tapajós damos "prejuízo" ao Pará como um todo, porque contribuímos com 21% e recebemos 24% de retorno, os irmãos do estado do Pará podem melhorar seus índices com estes 3% que não precisarão mais bancar. (nosso saldo negativo é só no quesito gasto do governo, em beneficio social, o Tapajós não acompanha o que é investido pelo estado do Pará na região metropolitana).

tratando-se de Custos, não posso informar se Juízes, Promotores, funcionários públicos que viajam e moram em Belém e apenas trabalham "no interior" tem suas passagens e diárias pagas pelo estado como custo pro "Tapajós" ou pro "Pará".

Sabidamente faltara arrecadação para sobrevivência dos novos estados, como falta hoje arrecadação para a manutenção do estado do Pará como um todo, por sua dimensão continental e ma fé dos governantes existe deficiência tanto na arrecadação como na distribuição dos recursos.

Os estados novos se virarão, sofrerão umas décadas, mas será melhor, ja o estado mãe sofrerá menos, arrecadara menos e gastara bem menos tendo possibilidade maior de melhorar mais rapidamente a vida dos cidadãos que ficarão no Pará.

As infra-estruturas são poucas e ineficientes, mas com grande possibilidade de melhorar caso se trate de estados independentes, mas com mínimas chances em caso de não divisão.

Está se iniciando o debate, e em nível Nacional, outro dia até teve um economista bobalhão do IPEA falando negativamente e contra a divisão do estado, (Jornal Nacional) fazendo em suas continhas dar um déficit de 800 milhões por ano pro Tapajós e de 1,1 bilhão pro Carajás.

Ele fez contas igual o livro de matemática distribuído pelo MEC (10-7=4), somou somente Despesas, não computando o potencial de crescimento vindo com a criação do Tapajós. Sem dúvida o déficit diminuíra muito e mesmo que fosse esse o tamanho do débito, nem seria muito o valor e o governo federal pode, deve e tem obrigação de ajudar e bancar o estado por pelo menos umas 2 décadas até esse caminhar por conta própria a isso se chama de INVESTIMENTO.

Duvido que ele tenha contabilizado o custo social do cidadão que fica carente esperando justiça numa comarca do interior que só existe no papel e passa meses sem a presença de um Juiz que vive como 99% deles vivem, tranqüilamente em Belém.

Aplica-se como custo social tambem o individuo que precisa de protocolar e acompanhar um processo e não tem condições e ir a capital e fica 3 anos esperando aprovar um projeto na área ambiental e pior de tudo ainda é ficar esperando 20, 30 anos por um pedaço de papel que diga que ele é dono de uma propriedade.

O resultado é a estatística negativa que aparece o grande Pará com mais mortes no campo embora ao redor da inchada Brasilia tem-se o lugar mais violento do Brasil e o segundo pior índice de criminalidade do Mundo.

Temos bons exemplos de divisões ocorridas no Brasil, MT/MS, GO/TO, se tiver um plebiscito la hoje para se unirem novamente será 100% contra a união, assim como seria pretender que Paraná e Santa Catarina voltarem a querer ser São Paulo um dia de novo, até no RJ a minúscula Guanabara tem pessoas com sonhos de voltarem a ser independentes do ja pequeno Rio.

O Pará por ser muito grande é mal dividido, dai temos municípios maiores que outros estados, e absurdos como por exemplo cidadãos de Castelo dos Sonhos, Altamira estarem a mil km da sede do município, o Pará tem até exclaves em seu território, caso de parte do território do município de Senador José Porfirio.

Os Políticos do Pará foram ineptos e desinteressados na criação de novos municípios, (respeitando aqui o Deputado Nicias Ribeiro, o grande criador de novos municípios) pensaram nos municípios como despesa e não como investimento regional, como resultado comunidades com 30 mil habitantes ainda pertencem a outros municípios, grandes regiões com milhares de moradores são esquecidas e sequer são distritos municipais, distante de tudo, morrem esquecidas vilas com 5 mil habitantes, em contraste com outros estados ricos onde qualquer vila deste tamanho ja seria autônoma.

Dos 20 menores municípios brasileiros TODOS eles estão localizados no SUL e SUDESTE, não da pra compreender porque Borá, SP, com menos de mil pessoas pode ser município e Caracol, (5.000 hab na região do Tapajós) continua pertencendo a Trairão, seria porque Borá é "longe" da capital SP? (menos de 500 km da capital por ótimas estradas asfaltadas e a 10 km de Assis, sede regional) ou porque Caracol fica a 50 km da sede,Trairão e a 1.400 km por péssimas estradas da capital, Será que um cidadão Paulista de Borá vale mais que 5 cidadãos Paraenses de Caracol/Trairão? Não, o interesse dos políticos e do povo paulista é que é diferente, dividir para somar pensam lá, unir para comandar pensam aqui.

Do exemplo acima, posso citar pelo menos mais UMA CENTENA de lugares com deveriam de ter administração autônoma, mas ficam estas comunidade capengando por suas sedes, implorando por um posto de saúde ou uma escola, chorando migalhas por uma caixa d agua, sem acesso a Brasilia para obter uma quadra de esportes e tendo como esmola uma bola ou uma dentadura na época da campanha por votos.

Assim, os menos de 1.500 moradores de Jardim Olinda no Paraná podem por um vereador, prefeito ou contato político pedir a um deputado ou em um ministério, secretaria, que interceda por uma escola, uma obra, viaduto, etc enquanto os mais 5.000 habitantes de Divinópolis, (cidadezinha que pertence a Itaituba ou Rurópolis?) não tem a mesma chance.

Quem mora em Maracajá, (uns 3.000 hab, pertence a Pacajá ou Novo Repartimento) ficara pertencendo ao Pará(?) espero que aqueles cidadãos tenham chance de melhorar suas vidas ali mesmo, não precisando migrar pra capital, cidade maior ou outro estado, poucos sabem onde é Maracajá, mas eles tem direito de tentar melhorar por si suas vidas, sendo um município que por pouco que melhore, será melhor que nada, mas com chances e é isso que importa.

Do mesmo modo, vejo o Pará, se dividir, aumenta a chance pra todos, hoje é tão grande que confundem facilmente Novo Repartimento com Novo Progresso, um taxista em Belém com 20 anos de praça me perguntou se Santarém era no Pará, do mesmo modo uma vendedora natural de Barcarena em um Schoping da capital ao dar meu endereço ficou em duvida se Santarém era desta unidade da federação.

O Pará poderia ser dividido em pelo menos 5 estados, seria bom para os 5, não olhamos para "custos" tratemos isso como investimento e o dividendo é o bem estar e melhoria da qualidade de vida para os 5, 3 ja esta bom, não é o ideal mas é um começo, e bem melhor que apenas um só estado certamente o é.

Os Argumentos de União basicamente são os de que novos estados teriam custos elevados e que não se sustentariam, que novos prédios, funcionários, deputados, etc seriam onerosos portanto a União federal.

Esse argumento não se sustenta em todo porque o custo de ter um prédio funcionando com o MPF em Belém e aqui é o mesmo, mas se o daqui tiver independência para tratar especificamente os problemas da região do Tapajós, serão melhor servidos tanto os habitantes do oeste como os da metrópole.

Assim, quem tem um processo na SEMA de Santarém/Tapajós teria melhor eficiência em seu pleito do que hoje Santarém/Pará, porque dando um exemplo este processo é feito quase todo por aqui, mas tem que "viajar" a capital para a emissão definitiva da licença, representando custo financeiro e de tempo.

Outros órgãos seguem exemplo de ganho igual, MPE, Policia, Secretarias, etc, o ganho de eficiência e tramite será imenso com a divisão, e para os 3 estados até porque diminuindo o numero de processos do interior melhora o atendimento no estado mãe.

O ganho político haverá, porque no nível federal aumentarão deputados federais pelos outros dois novos estados e diminuirá um pouco o numero dos federais do Pará, mas "puxando o saldo" o ganho em representatividade é grande para os três estados.

A riqueza do Pará serviu para impulsionar outros estados, o estado em si penou justamente por ser grande, dai viu seu ferro ir para o Maranhão, sua energia para o Nordeste, por não ter a visão Política e empresarial, não se deu infra-estrutura como incentivo para que se instalasse no Pará modernidade industrial.

Recebendo milhares de imigrantes, não da pra responsabilizar estes por uma "divisão" colocando o atual Paraense sofrido do interior no pedestal humilhante de que não tem capacidade para saber o que quer, este certamente quer a divisão tambem e infelizmente foi preciso de receber imigrantes para que se soubesse que o "mundo la de fora" continua com ou sem Pará.

Assim, se o Pará acolheu imigrantes que aqui vieram procurar melhorar de vida e contribuir para o desenvolvimento, mostro que sempre foi assim no Brasil inteiro, imigrantes de Portugal ou do Libano, do Ceará ou de Minas, o importante é que tambem se somou ao longo dos séculos e de uma forma ou de outra houve contribuição. Feio é ver reportagens dos emigrantes Paraenses irem a outros estados que tambem os recebem e configurar nas estatísticas negativas, como por exemplo os jovens homossexuais que vão se prostituir em são Paulo, e o que falar da prostituas no Suriname?

Projeto político de desenvolvimento respeitando e atendendo as necessidades de cada região para um só Pará grande e forte não existe e NUNCA vai existir, porque o estado é grande e existem diferenças gigantes.

Vamos Paraenses, Tapajoaras e Carajaenses, lutar pelo norte, com maior representatividade e melhoria para todos os três, não importa de onde viemos e onde vivemos, importa que os três tem chances boas de elevar a região a ser orgulho do Brasil.

texto escrito por: Edgar Antonio/Santarém Pará/Tapajós.

terça-feira, 7 de junho de 2011

DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ

Divisão do estado do Pará, um tema que causa estranhamento, divergências de idéias e interesses, o que para uns é visto como a possibilidade da terra prometida a redenção de um povo, para outros é mais um golpe de poder de oligarquias locais buscando o poder e o controle das riquezas dessas regiões Tapajós e Carajás.

Depois de muito pesquisar, percebo que as opiniões em relação a essa divisão são distintas e grande parte delas apaixonadas, mas quase sempre fundamentadas no senso comum, pois pouco se sabe ao certo quais os verdadeiros benefícios e malefícios dessa divisão.

Bom meus caros companheiros, eu particularmente não detenho argumentos bem fundamentados para explicar minha posição em meio a esse processo de divisão, sou mais um apaixonado que defende a divisão do estado, apoio a criação do estado de Carajás na esperança de melhores condições de vida a essa população que vive esquecida e sendo morta no campo e na cidade, e o pior, com suas mortes sendo anunciadas e mesmo assim vivendo ou tentando viver além do descaso dos poderes públicos existentes. Não sei se a criação desses novos estados será a solução para essas mazelas, mas o que me resta fazer é confiar e acreditar que com um estado próximo e atuante possamos reverter essa situação escrever um novo final na historia de cada morador dessas regiões que buscam suas independências e autonomia de gestão.

Aconselho a cada um buscar as informações necessárias para entender melhor sobre essa divisão e a partir daí formular sua própria opinião.

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA DS



No dia 5 de Junho aconteceu no edifício Linhares na Nova Marabá a conferencia Municipal da Democracia Socialista tendência interna do Partido dos Trabalhadores. Estiveram presentes na conferencia varios filiados e o Deputado Federal Claudio Puty e o ex-Vereador Ademir Martins.
O Deputado Puty fez uma explanação sobre a conjuntura internacional, com foco na crise do neoliberalismo e na saída politicamente conservadora que observamos na Europa e EUA. Uma avaliação sobre o Governo Jatene e quais as melhores formas de se opor ao projeto PSDB de governar.
Durante o debate sobre conjuntura municipal e a avaliação negativa a atual gestão da prefeitura municipal de Marabá foi deliberado por unanimidade que o PT deve lançar condidatura própria a prefeitura e que o ex-vereador Ademir Martins será o nome indicado pela Democracia Socialista para concorrer as prévias do partido e que o coordenador da KIZOMBA Marabá e Policial Militar o jovem José Soares seria o nome da tendência a concorrer a uma cadeira no legislativo, sendo o único a concorrer o pleito pela Democracia Socialista.
Em breve mais novidades no blog.